quarta-feira, 14 de agosto de 2013
A Oração dominical (do latim, dominus que é Senhor) conhecida como a "Prece ao Pai Nosso", ou simplesmente "Pai Nosso", que nos foi legada por Jesus, nosso Mestre Divino, nosso Irmão Maior, o Messias, o Cristo Planetário, é a prece mais completa, é nosso louvor e pedidos ao Pai.
Não temos ainda consciência do poder desta prece, porque desconhecemos a força do pensamento, da vibração magnética desta oração e o significado das palavras, das frases, e o sentido profundo a que Jesus se refere.
Tudo que nos vem de Jesus é Amor. A prece que nos ensinou como recurso de ligação com o Pai, também é Amor.
Ponhamos sentido numa análise sincera e aberta ao dizermos a prece que temos como uma preciosa herança para a conquista do Tesouro Celestial.
Lembremo-nos, ao proferirmos a prece, que Deus supre todas as nossas necessidades, e que ELE ampara todas as criaturas, SEM EXCEÇÃO; as oportunidades são oferecidas a todos, e seu Amor envolve todo o Universo.
A nossa gratidão por tudo que temos e por tudo que tivemos desde a nossa criação, deve ser constante, pois estaremos recebendo o suprimento divino, harmonizando-nos com o Criador.
Será a Paz em nós.
Toda prece deve ser pronunciada com sentimento, com ligação, com objetivo.
O "Pai Nosso" proferido sem uma ligação com o Criador, é vazio e sem magnetismo adequado.
Ele pode ser pronunciado em momentos difíceis forçando-nos a uma ligação com Deus.
Podemos até recitá-lo muitas vezes seguidas, buscando tranqüilizar nossa mente, ou mesmo para evitar pensamentos perturbadores.
Os vocábulos que compõem o "Pai Nosso" tem um magnetismo peculiar que, unidos nas frases, ou versículos, conjugam uma força mágica que nos isola das influências perniciosas.
Em cada versículo, poderemos concluir o quanto estamos unidos com o Criador e com Sua criação.
Sempre que orarmos o "Pai Nosso", tenhamos certeza de que estaremos "falando" com Deus, e nossa "conversa" terá o resultado que empreendermos, na ênfase que dermos quanto ao nosso objetivo.
Quanto mais penetrarmos a Verdade, mais compreenderemos cada frase desta Sublime Oração.
"PAI NOSSO,....."
Estamos nos dirigindo ao Criador, a "inteligência suprema, causa primária de todas as coisas".
Ao dizermos Pai Nosso estamos dizendo que Deus é Pai de todos, o que conseqüentemente nos torna, irmãos.
É o reconhecimento da única fonte, e de que toda criação se origina de uma só.
É uma expressão de Amor que nos põem receptivos pelo coração que comunga com os bens universais de Deus. Estabelece automaticamente a fraternidade.
Ao dizermos Pai Nosso estamos afirmando que somos criaturas de Deus, irmãos de toda a humanidade.
Vêm-nos à mente a filiação de TODOS perante Deus.
"QUE ESTÁS NOS CÉUS,....."
Céu é todo Universo, tudo que existe e tudo está em Deus,
Deus está em tudo, se está em tudo, está na alma, nos "céus" do Ser.
O céu também é um estado de nossa consciência; nos céus do ser existe o infinito bem, que o homem, dinamizando-o, pô-lo-á em prática no mundo exterior.
A alma que busca a verdade dirige o olhar (o interesse) para a realidade e se afasta do que é aparente.
Contemplando a verdade conheceremos as coisas.
"SANTIFICADO SEJA O TEU NOME,......"
É uma promessa que fazemos a Deus. Santifiquemos pois o nome DEUS, o nome do Pai Celeste.
Para santificarmos Seu nome é preciso que cumpramos Suas Leis, que estejamos caminhando para a realização do Amor.
Ao dizermos "santificado seja o teu nome" devemos mentalizar que TODOS O estão santificando.
O nosso sentimento de gratidão deve abranger tudo que temos.
Devemos, em atitudes e comportamento, santificar o nome de DEUS.
A ELE devemos a vida imortal, a ELE devemos a oportunidade de fazermos parte deste Universo maravilhoso, no qual participamos como co-criadores.
E aumentaremos nossa participação à medida que o progresso espiritual nos permita dinamizar a capacidade de amar e de servir dentro da Lei.
Acima de tudo está Deus, o nome único que nos mantém na criação, que está em nós, que é o "eu sou" de cada ser.
E, para penetrarmos em nós mesmos, contatando o divino em nós, o "eu sou", precisamos estar em profunda reverência e no amor desprendido.
Eis que a graça do infinito amor, enchendo a alma, estabelece a adoração que penetra na consciência do ser, propiciando-lhe a união com o Pai.
"VENHA A NÓS O TEU REINO,....."
Estamos nos "abrindo" para recebermos a reino de Deus, aceitando o reino divino.
Tendo já estagiado nos reinos mineral, vegetal e animal, e agora estagiando no reino hominal, evoluindo continuamente, estaremos, no futuro, estagiando no reino divino.
Na fase de regeneração estaremos conscientes da filiação em Deus, e é esse Reino que Jesus nos ensinou a conquistar.
"O Reino de Deus é Harmonia, é Paz, é Amor, é Justiça, bem diferente do reino dos homens onde as virtudes mencionadas estão no estado incipiente, de permeio com a desarmonia, com a guerra, com o crime, com o desamor, com a injustiça."
O Reino de Deus, em verdade, está entre nós, como Jesus disse aos apóstolos - "Porque eis que o Reino de Deus está entre vós" (Lucas cap. XVII vs 21).
Todavia, para que este Reino de Deus se torne uma realidade em nós, é necessário que nos libertemos das imperfeições morais que ainda possuímos, e dinamizemos as virtudes que o Mestre ensinou, e que estão em nós, herança divina, como filhos de Deus que somos.
É para isso que o Cristo veio à Terra: para ensinar aos homens os caminhos que os levam a Deus e, conseqüentemente, ao Seu Reino de Luz e Amor.
"A edificação do Reino Divino é obra de aprimoramento, de ordem, esforço e aplicação aos desígnios do Mestre, com base no trabalho metódico e na harmonia necessária.
Não te prendas excessivamente às dificuldades do dia de ontem, nem te inquietes demasiado pelos prováveis obstáculos de amanhã.
Vive e age bem no dia de HOJE, equilibra-te e vencerás." (Emmanuel)
"SEJA FEITA A TUA VONTADE,....."
Estamos afirmando que a vontade de Deus deve prevalecer.
Qual é a Sua vontade? Que sejamos perfeitos. Que sejamos felizes, e que tenhamos tudo o que precisamos para o nosso bem, para o nosso crescimento e aperfeiçoamento.
Mas nós, muitas vezes, queremos coisas que pensamos ser para nosso bem, e fazemos prevalecer a nossa vontade, desgastando-nos na conquista dessas coisas.
Criamos momentos perturbadores na luta por tal conquista inútil e prejudicial.
Nossa vontade ainda não está norteada integralmente para a Lei de Deus, devido ao nosso atraso espiritual que é proveniente do egoísmo; agimos, ainda, mais pelo orgulho, pelo capricho, pelo desejo, do que pela razão pura.
O homem que fortaleceu sua fé, que procura viver dentro da lei divina compreende que a vontade de Deus é sábia e justa, e que ela deve prevalecer sobre a nossa, recebendo resignadamente as provações da vida, e os ajustes da lei de ação e reação, inevitáveis, sem revolta e sem mágoa, demonstrando assim a aceitação da Vontade Soberana do Pai Altíssimo.
Deus nosso Pai, Criador nosso, sabe o que precisamos, e não nos deixará desprotegidos.
Ele quer o nosso equilíbrio, a nossa harmonia, a nossa felicidade.
Conforme formos nos conscientizando de que Deus quer nossa perfeição, deixaremos que Sua vontade aja em nós e, então, a manifestaremos em nossa expressões.
"ASSIM NA TERRA COMO NO CÉU,....."
Sua vontade é "feita" em toda parte, em todo Universo.
Sua vontade atua em todo Universo, por intermédio de Suas Leis, com harmonia e equilíbrio.
E na Terra, entre os Homens, é necessário que esta harmonia e equilíbrio se estabeleçam, então dizemos: que seja na Terra assim como é no Céu.
Se considerarmos, no céu do ser, então teremos: assim na terra (em relação ao Universo) como no ser (indivíduo), encaminhando-nos para a perfeição.
"O PÃO NOSSO DE CADA DIA NOS DÁ HOJE,....."
O Pai sabe das nossas necessidades materiais, e também das espirituais.
O pedido na prece, não é para lembrar-lhe que precisamos, mas é para que haja a humildade de pedir, para que nos ponhamos receptivos ao Seu suprimento.
O "pão nosso" é o suprimento divino, é o alimento para o Espírito.
Se Jesus nos ensinou a pedir o pão, que significa o alimento para o espírito, é esse que vamos receber, teremos o suprimento do Criador para a vida; teremos exatamente o que precisamos.
Na prece, ao pedirmos, treinando a humildade, estaremos combatendo o nosso orgulho, e elevando nosso pensamento a Ele, o Pai, que sempre nos dá tudo o que pedirmos.
O amor divino tem um suprimento completo para toda necessidade humana, não devemos temer necessidade alguma, nem desejarmos acumular, mas sim gozarmos sempre o contínuo e abundante suprimento.
O Espírito faz fluir para si o amor do Pai que o supre completamente na medida em que reflui para Ele ao pedir, estabelecendo o equilíbrio.
"E PERDOA AS NOSSAS DÍVIDAS, ASSIM COMO NÓS PERDOAMOS AOS NOSSO DEVEDORES,......"
Pedimos perdão pelas nossas atitudes ou comportamentos fora da Lei.
Ao pedirmos perdão somos perdoados: "Pedi e dar-se-vos-á".
Porque as oportunidades são inúmeras quando o pedido é sincero.
Este versículo é de particular importância na prece que Jesus nos deixou, por se tratar de um sentimento tão difícil de ser assimilado pelo homem.
O Mestre abordou o tema "perdão" em várias passsagens do seu Evagelho, enfatizando a necessidade de perdoar, em nosso próprio benefício.
É difícil perdoar, por nos faltar tolerância, compreensão, paciência, virtudes estas filhas do amor que ainda não possuímos.
Não sabermos perdoar por falta de amor, de fraternidade, por não considerarmos o próximo como irmão.
"Amai-vos uns aos outros" é a recomendação de Jesus.
Passaram-se dois mil anos, e ainda não conseguimos assimilar os ensinamentos do Mestre.
Sofremos, portanto, as conseqüências de nossa incapacidade de amar ao próximo.
Este versículo exige meditação diária, pois envolve nossa felicidade, que deriva, em grande parte, do nosso perdão para as faltas, grandes ou pequenas, do irmão de jornada.
O Pai, nosso Criador, nos perdoa através de nossa própria consciência.
Ao pedirmos perdão deveremos estar, reconhecidamente, cientes de que as faltas não se repetirão e que todo erro cometido servir-nos-á de aprendizado e experiência, induzindo-nos a não repeti-lo.
E, ao perdoar-mos aqueles que nos devem, aqueles que nos lesaram, ofenderam ou incriminaram, estaremos reconhecendo suas fraquezas e ignorância, e compreendendo que, como nós, eles incidem em erros por ignorarem também as Leis Divinas e por falta de amor aos semelhantes.
Seremos perdoados na medida em que perdoarmos: "na medida em que derdes recebereis".
Nós, recebendo o amor do Pai, pondo-nos receptivos ao Seu amor e dando amor aos nossos semelhantes, estaremos apagando, neutralizando nossas dívidas morais, mentais e físicas.
"O amor cobre uma imensidão de pecados".
"E NÃO NOS DEIXES CAIR EM TENTAÇÃO,....."
Esta é uma forma de, humildemente, pedir que sejamos fortes, conscientes da verdade da vida, "orando e vigiando" constantemente, aprendendo a agir dentro das Leis Divinas, para superar-mos paixões, hábitos e costumes, que perniciosamente nos destroem, enfraquecem e aprisionam.
Fortalecidos pelo conhecimento das Leis, e aprimorando nosso comportamento na atuação vivencial, estaremos livres das tentações.
Na verdade, o homem é fraco perante as tentações, especialmente em relação àquelas que envolvem dinheiro e sexo.
Devemos pedir constantemente o apoio do Altíssimo no sentido de superar as tentações que no decorrer da existência se nos apresentam, até que sejamos suficientemente fortes, em espírito, para não sucumbirmos mais.
"As mais terríveis tentações decorrem do fundo sombrio de nossa individualidade, assim como o lodo mais intenso, capaz de tisnar o lago, procede do seu próprio seio.
Renascemos na Terra com as forças desequilibradas do nosso pretérito para as tarefas do reajuste.
Nas raízes de nossas tendências, encontramos as mais vivas sugestões de inferioridade. Nas íntimas relações com os nossos parentes, somos surpreendidos pelos mais fortes motivos de discórdia e luta.
Em nós mesmos podemos exercitar o bom ânimo e a paciência, a fé e a humildade.
Em contato com os afetos mais próximos, temos copioso material de aprendizado para fixar em nossa vida os valores da boa-vontade e do perdão, da fraternidade pura e do bem incessante.
Não te proponhas, desse modo, atravessar o mundo, sem tentações. Elas nascem contigo, assomam de ti mesmo e alimentam-se de ti, quando não as combates, dedicadamente, qual o lavrador sempre disposto a cooperar com a terra da qual precisa extrair as boas sementes." (Emmanuel)
"MAS LIVRA-NOS DO MAL,....."
O mal é criação do homem.
Para Deus pedirmos humildemente forças para podermos nos livrar dessa criação que nos distancia de Sua Bondade e do caminho da verdade.
Observação: Muitos interpretam este versículo como: pedindo a interferência divina no sentido de não vir a sofrer algum mal, assim como um acidente, uma doença grave, perda monetária, etc.
Não deve ser este o sentido, pois estamos submetidos à lei de ação e reação - "o que semeares, isso mesmo colhereis".
Nós, na prece, estamos pedindo que nos livre do mal que possamos fazer aos outros, das ações que partindo de nós lesam o semelhante, e, também do nosso pensamento mau que gera atos maléficos.
É por isso que Jesus, nos deixou uma advertência utilíssima: "orai e vigiai".
Esta proposição deve estar presente em nosso campo mental, em todas as circunstâncias da vida, a fim de evitarmos deliberações, atitudes e atos, dos quais viríamos, com certeza, a nos arrepender.
"PORQUE TEU É O REINO, O PODER, E A GLÓRIA, PARA SEMPRE"
Ao dizermos "teu é o reino" estamos afirmando que Deus é a vida que governa toda a criação, e a inteligência que se expressa por ela.
"teu é o poder" - Deus é o único Poder Superior que se manifesta.
"tua é a glória" - toda expressão no Seu reino manifesta a glória do Único Poder que existe.
Reconhecendo isto: o reino, o poder e a glória de Deus, estamos confirmando tudo o que dissemos durante a Oração.
"Pai Nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome: venha a nós o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu: o pão nosso de cada dia dá-nos hoje: e perdoa as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores: e não nos deixes cair em tentação: mas livra-nos do mal: porque teu é o reino, o poder, e a glória, para sempre."
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