terça-feira, 3 de setembro de 2013
Fatos engraçados e inusitados
Antes da apresentação do trabalho final, a Profa. Sandra pensou em uma brincadeira. Chamou um aluno chinês, o Tom, que sempre fazia perguntas sobre o Brasil, para praticar o nome da cidade de Cachoeiro de Itapemirim e surpreender o restante dos alunos no dia da aula. Sempre que se encontravam ele treinava.
No dia da aula, Sandra levou a proposta, daria um prêmio ao aluno chinês que pronunciasse corretamente o nome da cidade a qual ela se referia. “Somente o Tom e outro estudante se habilitaram, mas dispensei o último, por estar estudando o português. Foi uma chuva de aplausos, quando o Tom falou, com seu lindo sotaque, o nome da cidade. Daí a alguns instantes, eu contei a brincadeira e todos riram bastante”, relembrou.
Aline conta que, de fato, os chineses são mais quietos que os brasileiros. Quando foi a um Karaokê, ela e mais três amigas brasileiras e sete colegas chineses surpreenderam a todos. Passaram quatro horas cantando na maior diversão. “No final, vimos os chineses dançando em cima do sofá, imitando as brasileiras, foi engraçadíssimo! Eles, certamente, fugiram da normalidade”, relembra.
Tatiana ficou empolgada com o fato de os chineses terem significados para os nomes. Logo alguns alunos escolheram um nome americano para facilitar a memorização. Foi quando Tatiana pediu para um grupo de três estudantes escolheram um nome chinês a ela. Na mesma hora eles se reuniram e discutiram logicamente sobre o assunto como quem bolava várias estratégias para um complexo cálculo matemático.
Para Lucas, os fatos mais engraçados foram os primeiros contatos com a culinária, mais especificamente no primeiro jantar. Ele conta que o grupo dava muitas gargalhadas a cada prato provado. Aqueles que não estavam habituados com o hashi - os palitinhos chineses - também eram motivo de graça.
O estudante de Cachoeiro, no dia em que foi na Expo Shanghai, viu que uma chinesinha de uns 11 anos andava atrás dele enquanto conversava com os outros estudantes. Percebeu que ela estava chegando cada vez mais perto, mas tentava disfarçar a proximidade.
“Olhei detidamente e vi que a mãe dela estava tentando fotografá-la conosco. Falei com o pessoal ‘vamos lá tirar fotos com ela? Nós nos posicionamos um de cada lado e tiramos várias fotos a menina e a irmã mais nova. Foi legal ver a alegria daquela mamãe! Ninguém sabia falar mandarim e elas não sabiam nada de inglês, mas a linguagem não foi obstáculo para harmonia entre povos”, relembra.
Difícil foi para as mulheres usarem o vaso sanitário. A estudante de medicina conta que na maioria dos lugares não há o vaso normal, e sim aquele estilo de patente que fica rente ao chão. Ou seja, era necessário usar agachadas. “Isso foi sem dúvida, muito complicado. Lá também não há papel higiênico nos banheiros públicos, então temos sempre que andar com lenços”, relata.
Os estudantes passaram por algumas dificuldades mais relacionadas à comunicação. Lucas relata que nos primeiros dias passou pela dificuldade para pedir comida nos refeitórios e nos restaurantes. A comunicação era na base da mímica, mas sempre havia um chinês que falava inglês e o ajudava.
O estudante conta que um dos refeitórios vendia um hambúrguer que gostava, então, decidiu aprender a falar “eu quero o número 5”, em chinês wo yao tilïu gü. O problema era quando a atendente retrucava em chinês: “com ou sem batatas fritas?” ou, ainda, “o que vai querer beber?”. Ele nunca entendia e a atendente ficava irada com ele. De vez em quando ela soltava um tal de “mail lá!” e não entregava o que o estudante queria de jeito nenhum. Demorou em descobrir o que significava: “não temos no momento!” e foi outra complicação aprender: “Então me dá o número seis”.
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